quinta-feira, 28 de junho de 2007

A Sabedoria é Humildade

Chegou um viajante a um lugar em busca de um sábio. Um velho que por ali andava ofereceu-se gentilmente para guiar o forasteiro por aquelas paragens. O viajante aceitou e perguntou-lhe se sabia onde podia encontrar o sábio que procurava. O velho encolheu os ombros e disse que naquele lugar não conhecia nenhum sábio. O viajante agradeceu e partiu. No lugar seguinte disseram-lhe que o sábio que procurava vivia no sítio onde tinha estado e costumava oferecer ajuda aos viajantes perdidos. Assim são os verdadeiros sábios, não dizem ser sábios, são simples, gentis e humildes.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

A Riqueza das Pessoas

Grandes riquezas são desperdiçadas em coisas fúteis como bailes de gala, vestidos de uma noite e carros de luxo. No entanto, as coisas realmente importantes como um abraço, um sorriso, um pôr-do-sol ou uma caminhada pela montanha não custam dinheiro. Um acenar e um sorriso não custam nada mas revelam nobreza. Assim se vê a riqueza das pessoas, não pela fortuna que aparentam, mas pela felicidade desinteressada que partilham com os outros.

terça-feira, 26 de junho de 2007

O Silêncio não é Ignorância

Dois bandidos dedicavam-se a assaltar as casas de uma pequena aldeia. Os assaltos prolongaram-se por muito tempo e os dois patifes pensavam que, de tão espertos, ninguém os conseguiria descobrir. Os habitantes, apesar de saberem quem eram os assaltantes, mantinham-se em silêncio. Certo dia, de surpresa, os bandidos foram enforcados na praça pública. Assim acontece a quem pensa que engana o mundo, esquece-se que o silêncio não é ignorância.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

A Felicidade do Tolo

Certo dia chegou um tolo a um lugar. As gentes riam-se das suas tolices e, para que o imbecil repetisse as tonterias, davam-lhe de comer. Quanto mais o tolo comia, mais imbecilidades fazia, e mais se riam dele. O tolo pensava ser sempre o rei da festa e o mais amado dos habitantes daquele lugar. Mas chegou o tempo em que as gentes deixaram de lhe matar a fome. Assim é em todos os lugares, a felicidade do tolo é tão breve como os risos que provoca a sua tolice.

domingo, 24 de junho de 2007

O Sabor da Vitória

Dois homens regressaram a casa depois de terem atingido o cume do Evereste. Um tornou-se muito conhecido e popular mas era infeliz, o outro continuou anónimo mas feliz por ter atingido o objectivo da sua vida. No entanto, apenas o que permaneceu anónimo ficou na história por ter carregado o outro ao ombro até ao cimo da montanha. Assim é também na vida, só quem chega ao topo pelos seus próprios meios sente o verdadeiro sabor da vitória.

sábado, 23 de junho de 2007

O Reconhecimento do Mérito

Os fogos de artifício maravilharam os aldeões. Uma cana ainda a arder caiu no mato que logo pegou fogo. Um homem pobre sem família nem lar que vagueava pelo campo não hesitou e tirou o casaco, seu único agasalho nas noites ao relento, para apagar as labaredas. O herói da noite foi o lançador de foguetes. O mendigo que salvou a aldeia dormiu ao relento. Assim se reconhece o mérito, aplaude-se o fogo de vista.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

O Valor do Trabalho

Qual o trabalho que tem mais valor? O da formiga que constrói um formigueiro que ninguém vê ou o da aranha que constrói uma bela teia que está à vista de todos? A teia da aranha solitária que todos vêm e admiram é frágil e efémera. O formigueiro que ninguém vê nem admira abriga e protege as formigas trabalhadoras.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

O Dom da Invisibilidade

Sentimo-nos muitas vezes invisíveis, como espectadores de um filme em que vivemos não fazendo parte do guião. Mas não devemos sentir por isso qualquer tristeza ou solidão, a invisibilidade é um dom. Ser invisível é como ter paz no meio de uma multidão em guerra.